quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Pai Rico e Pai Pobre - Robert Kiyosaki e Sharon Lechter

Procurando descobrir se ainda tenho a possibilidade de ficar rica, fui à biblioteca Pública, em busca do famoso best-seller.
Infelizmente, cheguei à conclusão que sou a versão feminina do Pai Pobre, uma professora idealista. Pobres filhos!!!
Mas se regular pelo número de empréstimos feitos desse livro, teremos muitos novos- ricos na cidades (risos), o livro foi amplamente utilizado!!!
Não sou muito adepta desse tipo de leitura, mas como ando muito desocupada, a curiosidade foi grande. É o terceiro livro do gênero que li.
Interessante para quem ainda tem esperanças, disponibilidade e ambição. Claro que a fórmula deu certo nos EUA. Não sei aqui, pois o imposto de renda continua corroendo meu pobre salário de professora, enquanto muitos profissionais liberais, empresários, não pagam nem a metade dos meus tributos, e ainda desfilam em carrões, tem mansões, viagens, férias, etc!!! Desabafo!!!!
Realmente quando não aprendemos a ser ricos desde jovens, corremos o risco de não sabermos nem sequer administrar aquilo que ganhamos.
Outra observação que faço sobre o livro é que o autor conta sua experiência pessoal. Mas sabemos muito bem que muitos pais ricos não ensinam a seus filhos como enriquecer ou manter as riquezas conquistadas, são filhos mimados, com todas as vontades e que não em geral nunca se importaram em saber administrar os bens herdados.
No reverso da medalha estariam os livros de auto-ajuda que dizem que a pessoa deve “aproveitar” a vida. Ganhar dinheiro e “aproveitar a vida” e muita informação para meu cérebro.
Sinto muito meus filhos por não tê-los ensinado a ser ricos!!!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Beber, Jogar, f@#er X Comer,Rezar, Amar

A versão masculina de Andrew Gottlieb para Comer, Rezar, Amar de Elizabeth Gilbert, é um livro recomendado para quem não tem a intenção de encontrar uma literatura profunda. Como tantos de auto-ajuda é mais para rir mesmo, com a fantástica história de Bob Sullivan, onde tudo dá certo ( ou não). Ao contrário da autora que em seu livro coloca um tom dramático para o rompimento do casamento sem sentido. No livro de Gottlieb, os palavrões estão fartamente distribuídos pela obra, assim como o atormentado personagem as voltas com a traição da ex-mulher com o rival David. Muito interessante ler os dois, só assim temos uma ideia do universo masculino em oposição ao feminino. São com certeza duas formas de ver a separação e suas superações. O legal é a descrição dos lugares, um prato cheio pra que gosta de viagens ou pra quem não pode ...imaginar!! Quem dera todos nós pudéssemos nos dar ao luxo de jogar a toalha com o fim de um relacionamento e viajarmos para tantos lugares!!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Livro - O Sári Vermelho Autor - Javier Moro

Conta a história da Índia sob o ponto de vista de Javier Moro, que pesquisou e escreveu a história da italiana de nascimento e indiana de adoção Sonia Gandhi, nascida como Sonia Maino.
O sári vermelho que dá nome ao livro refere-se ao sári feito pelo pai de Indira Gandhi (Nerhu) numa das vezes em que esteve preso, devido a sua luta pela independência da Índia do domínio colonial inglês.
Entenda-se que o sobrenome Gandhi não se refere a Mahatama Gandhi mas sim a outro Gandhi, o marido de Indira, Feroz Gandhi.
Sonia e Rajiv, o filho mais velho de Indira, se conheceram em Cambrigde quando Sonia foi aperfeiçoar-se na Inglaterra e Rajiv, como era o costume da classes mais altas da Índia também completava sua formação. Ele investe na área de aviação e torna-se piloto, era sua profissão.
Indira Gandhi foi a primeira mulher chefe de governo da Índia, sendo primeira ministra de 1966 a 1977 e de 1980 até 1984, assassinada por um guarda pessoal de origem sikh , teve como sucessor seu filho Rajiv, uma vez que seu filho mais novo Sanjay mais chegado a política havia falecido num desastre aéreo.
Rajiv também foi assassinado em 1991 e a partir de então Sonia passa algum tempo afastada da política, mas depois assume a presidência do partido até hoje.
A história em si é emocionante, conta a saga de uma família que sempre lutou por uma Índia laica longe do ranço das castas, e como o poder político contagia a quem dele se aproxima. Há momentos em que o autor também descreve como muito tensos, de sacrifício de vidas em nome da segurança, o período em que Indira governa com estado de sítio.
Ela enfrenta durante todo seu governo a extrema direita hindu, a briga internacional do período da Guerra Fria por ter feito acordos com a União Soviética.
O poder dos Gandhi também é polêmico pelo fato de acontecer em outras famílias. Isso só sabe quem já teve convivo familiar com políticos, se a coisa entra no sangue, é como vício, e é isso que move uma dinastia como a dos Nerhu-Gandhi
Recomendo para professores e estudiosos de História e Geografia. Vão se deliciar com a leitura. Pessoalmente quase não conhecia nada sobre a Índia, agora vou me dedicar a pesquisar um pouco mais sobre esse enorme país tão multicultural e étnico.