quarta-feira, 13 de março de 2013

Travessuras da menina má de Mario Vargas Llosa


O romance do peruano transcende o continente e se instala no Velho Mundo, na vida parisiense. Os relatos de um amor intrigante que moveu  Ricardo a voltar tantas vezes para os braços de sua Lily de Miraflores. Os cenários nos levam a sonhar com cidades como Londres, Madri, Tóquio, além de Paris é claro, onde a “camaleoa menina má” fazia suas travessuras, ou  suas vítimas?
No desenvolvimento da obra, enquanto seus personagens  envelhecem, há uma notável descrição dos momentos políticos, principalmente os relacionados ao Peru.
Muito, muito bom, recomendo para quem não gosta dos romances água com açúcar, forte e consistente,  não dá vontade de parar de ler.

A Sombra do Vento de Carlos Ruiz Zafón


O romance tendo como pano de fundo Barcelona ou vice-versa é simplesmente emocionante, daqueles que a gente não quer mais parar de ler. São do tipo que você começa numa noite e pode amanhecer sem que o sono venha.
É história de amigos de adolescência  e seus mistérios, amores impossíveis, de teimosia perseverante diante da busca por um segredo no passado.
É um romance sim, lindo, bem escrito, sem ser meloso.
Adorei! Algumas frases extraídas do texto aparecem aqui, quem gostar leia e se delicie!
“...olhamo-nos no escuro, procurando palavras que não existiam...”
“Um segredo vale quanto valem aqueles dos quais temos de guardá-lo.”
“Não existem línguas mortas ou cérebros letárgicos.
“Naquele domingo as nuvens fugiam do céu e as ruas descansavam imersas numa lagoa de neblina ardente que fazia suar os termômetros das paredes.”
“ Eu não tinha sono nem vontade de persegui-lo.”
.A solidão que emanava daquela mulher queimava.”
“ As palavras com que envenenamos o coração de um filho, por mesquinharia ou ignorância, ficam guardadas na memória e mais cedo ou mais tarde lhe queimam a alma.
“ ...a arte de ler está morrendo muito aos poucos, que é um ritual íntimo, que um livro é um espelho e só podemos encontrar nele o que carregamos dentro de nós, que colocamos nossa mente e alma na leitura, e que esses bens são cada dia mais escassos.