Se alguém já percebeu meu fascínio pela cultura muçulmana, deve saber que tudo o que misterioso me atrai.
Vejamos se não tenho razão!!
Se você encontrar uma mulher na rua com uma burca, atire a primeira pedra, quem já não teve a curiosidade de saber o que se esconde embaixo dela?
No livro esse relato é pungente, a autobiografia dessa somali de nascimento e holandesa naturalizada, trás o lado mais triste dessa realidade.
O simples fato de ter a coragem de relatar como é a vida de uma mulher que faz parte da cultura, choca a todos nós ocidentais e nos faz refletir como o mundo ainda é dominantemente masculino.
A África, em uma das suas regiões mais pobres (Somália, Quênia, Etiópia), relatada por Ayaan, é também a mais atrasada na questão de respeito aos direitos das mulheres, sem deixar de registrar a convivência da autora em países como a Arábia Saudita, onde o extremismo religioso, levou essa mesma mulher a se tornar na época uma fundamentalista.
Entre, talvez milhões de mulheres que enfrentam essa sina, raras são as que vivem em um mundo tão antagônico desde criança: criada com a religião e a clã como centro do seu universo, por outro lado, tem um pai que luta contra a ditadura de Siad Barre.
Contudo, voltando ao início do texto, quando apontei as roupas e outros hábitos, penso, na minha humilde opinião, que quanto maior o mistério, maior a curiosidade, então o profeta Maomé realmente teria instituído esse tipo de posicionamento, sem prever a evolução do mundo? E em tudo que é reprimido a tendência é ser contrariado numa lei de ação /reação?
Respeito povos, culturas, idéias diferentes, o que não consigo aceitar são pessoas mutiladas, mortas em nome de uma religião ou ideologia. Fiquei muito chocada com a leitura. Recomendo o livro, mas aviso, é muito triste!!!
O vídeo pelo qual foi morto Theo van Gogh se chama Submissão e pode ser encontrado no youtube.
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